. Break, em inglês, significa quebrar. Na década de 60, esse verbo tinha um valor de protesto, revelado em forma de dança. O break surgiu na mesma época da Guerra do Vietnã, quando milhões de pessoas protestavam contra a intromissão dos Estados Unidos naquela batalha. O exército estava ‘quebrando’ os jovens soldados em estatísticas de óbito. Nesses mesmos anos, em Porto Rico, jovens começaram a se utilizar da dança para fazer uma crítica sócio-política ao exército americano.
. Os passos passaram a representar então mais que uma expressão corporal, denotando também gírias de guerra. Um dos mais conhecidos é o sapateado, no qual as pernas giram no ar enquanto o corpo fica no chão, lembrando o movimento das hélices dos helicópteros. Já a quebrada, movimento que muitos pensam que foi influenciado por Michael Jackson, faz uma alusão àqueles que voltavam para casa mutilados, andando com o corpo todo ‘quebrado’.
. Depois da guerra, o break ganhou mais força com as gangues nova-iorquinas, por volta dos anos 70. Muitas vezes, quando o assunto era disputar com outras guangues, as armas e pedras ficavam de fora e a ‘briga’ dos grupos inimigos ia para a pista de dança. Ganhava aquele que fizesse passos mais difíceis.
. Com um tempo, as rodas foram ganhando mais características. Os dançarinos já colocavam nas performances imitações de poses de painéis egípcios, movimentos do kung fu (arte marcial), robôs de filmes de ficção científica e danças africanas. Depois do break, surgiu o grafite e o rap. Esses três elementos formam hoje a cultura hip hop.
Fonte: Uol
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