Movimentos de tronco:
- Ondulação abdominal: unindo a contração do alto abdômen e seu relaxamento simultâneo a contração do baixo abdômen, sucessivamente, criase uma ondulação na região abdominal, sem expandir o movimento nem para a região torácica (busto) e nem para a região pélvica.
- Camelinho: princípio da movimentação, praticamente um diminutivo do clássico movimento do Camelo, que aqui se encontra apenas contendo um balanço frente e trás do corpo, associado a uma ondulação que se inicia no alto abdômen e termina no relaxamento da região pélvica. Enquanto a base está na perna da frente, o busto sobe. Ao se transportar para a base de trás, acontece o encaixe que começa numa contração abdominal até re-encaixar a coluna e relaxar (ver ondulação abdominal e pélvica). Pode-se executar este movimento parada, andando, subindo no relevé e/ou se deslocando para os lados.
- Camelo: movimento tradicional desta dança, pode-se dizer que é uma junção, de forma contínua, de cinco movimentos: elevação do busto, contração do alto abdômen, contração do baixo abdômen, contração pélvica e alongamento da base com relaxamento da pélvis. Ao unir estes cinco movimentos, cria-se uma ondulação corporal completa. Este movimento também pode ser quebrado, retirando sua característica sinuosa e executando as cinco etapas separadamente (Camelo Quebrado).
- Camelo Reverso: o movimento do Camelo executado no sentido contrário, de baixo para cima. União dos movimentos: plié com relaxamento da pélvis, contração pélvica, contração do baixo abdômen, contração do alto abdômen, elevação do busto. Este movimento também pode ser quebrado, retirando sua característica sinuosa e executando as cinco etapas separadamente (Camelo Reverso Quebrado).
- Redondo de Busto horizontal : assim como os redondos de quadril será executado um desenho em forma de círculo. Agora a referência será a região torácica com seu eixo e força motriz no busto. Visualizando um círculo deitado, apoiado no chão, esta força irá executar o desenho em sentido horizontal. Isola-se a parte inferior do tronco com uma pequena contração no baixo abdômen e usase o alongamento do alto abdômen e não, o desencaixe do quadril. Também conhecido como redondo de busto deitado.
- ½ Redondo de Busto: metade do movimento. Aplicado em qualquer direção.
- Redondo de Busto vertical : com o mesmo princípio do redondo de busto horizontal, aqui o desenho será de um círculo vertical, paralelo e em frente ao corpo. Também conhecido como redondo de busto em pé.
- Oito de Busto horizontal: pode ser para dentro ou para fora*. Mesmo conceito do Redondo de busto horizontal, aqui o desenho executado é a figura do Oito do infinito, paralelo ao chão, horizontalmente. (*en dedans, en dehors)
- Oito de Busto vertical: mesmo conceito do Redondo de busto vertical, aqui o desenho executado é a figura do Oito do infinito, perpendicular ao chão, verticalmente.
Movimentos de ombros e braços:
- Oitos de ombro interno e externo: mesmo conceito de oito do infinito, tendo a coluna como eixo, os desenhos são efetuados com os ombros, em rotação alternada dos lados. Interno, para dentro do corpo. Externo, para fora do corpo.
- Braços de serpente: recebe este nome por fazer referência ao movimento do animal, popularmente associado a esta dança. Com os braços em 2ª posição, inicia-se com a elevação de um ombro, seguido da elevação do cotovelo e ao rotacionar o ombro para descer levando junto o cotovelo, eleva-se o punho e termina o movimento em uma Ondulação de mão. O efeito é finalizado com a movimentação alternada dos braços: quando um está começando, o outro está terminando.
Movimentos de mãos:
Conceito:
Na dança do ventre as mãos são a essência da delicadeza nos movimentos. Os dedos ficam fechados e o polegar colado ao dedo indicador. Para que as mãos sejam delicadas elas necessitam de um grande empenho dos músculos dos dedos, do pulso e do antebraço. Elas devem trabalhar calmamente e com naturalidade. Movimentos aleatórios involuntários não caracterizam esta dança mas, sim, vícios técnicos de uma época em que a dança não possuía a limpeza técnica dos dias atuais.
- Ondulação de mãos : movimento horizontal executado pela mão, que inicia na elevação (dobra) do pulso, passa pelo meio da mão e dos dedos quando os dobra e termina na ponta dos dedos, esticando a mão como um único bloco, repetindo-se sucessivamente. Popularmente conhecida como “Ondinha” ou “Folhinha”.
- Ondulação de mãos mista : quando a Ondulação de mãos é realizada uma vez com a palma da mão para baixo e outra com a palma da mão virada para cima.
- Rotação interna : com o movimento iniciando-se no pulso, a mão agrega `a Ondulação uma rotação de 360º virando para dentro (sentido antihorário).
- Rotação externa : com o movimento iniciando-se no pulso, a mão agrega `a Ondulação uma rotação de 360º virando para fora (sentido horário).
- Mão de lótus : com origem na dança indiana, as duas mãos trabalham juntas, unidas pelos pulsos, inicialmente como uma flor de lótus e posteriormente uma delas inicia o movimento, primeiro sozinha, rotacionando o punho, em sentido contrário da outra. Juntas ambas giram em 360º, consecutivamente.
Fonte: Glossário da Dança do Ventre, por Bailarina Suheil
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